A Central de
Comercialização em Nova Laranjeiras, às margens da BR 277, foi palco de uma
importante reunião que envolveu produtores, associações e cooperativas para
discutir sobre o BSC, Base de Serviço de Comercialização do Território da
Cantuquiriguaçu. Agricultores de toda a região da Cantu participaram da
reunião. Uma das propostas do BSC é criação de uma base de prestação de
serviços para a comercialização de produtos da Agricultura Familiar. Hoje, o
desenvolvimento do projeto está a cargo da Fundação Rureco, ONG, Organização
não Governamental com recursos do MDA, Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Na oportunidade, principalmente os presidentes de associações e Cooperativas,
fizeram um relato sobre as tratativas, as tentativas, os insucessos e as
conquistas da comercialização de produtos da Agricultura Familiar. Altair
Wrublak, da Prefeitura de Nova Laranjeiras fez uma apresentação sobre o
desenvolvimento e a logística da comercialização de produtos da Agricultura
Familiar através da Cooperativa Monjolo, com o apoio da Prefeitura. Produtos de
panificação, por exemplo, estão sendo comercializados pela Cooperativa Monjolo
para os municípios de Quedas do Iguaçu e Espigão Alto do Iguaçu, enriquecendo
ainda mais a merenda escolar. Foram citados inclusive, alguns dados bastante
interessantes relacionados aos rendimentos dos produtores rurais engajados na
venda de produtos para o PAA, Programa de Aquisição de Alimentos e para PNAE,
Programa Nacional de Alimentação Escolar, ambos do Governo Federal. No ano de
2010, os rendimentos giraram em torno de R$ 500,00 por produtor. Em 2011,
chegou a quase R$ 1.000,00. Estes dois programas em Nova Laranjeiras, no ano
passado, para se ter uma idéia, envolveram 100 produtores rurais e o atendimento
com o fornecimento de alimentos chegou a 2.700 indígenas e 2.278 alunos das
redes municipal e estadual, sem contar hospitais e outras entidades 16
entidades consumidoras. Tanto o PAA e o PNAE são importantíssimos para o
enriquecimento da dieta alimentar dos próprios produtores, pessoas e entidades
beneficiadas. Para o período de 2012/2013, os programas deverão envolver 112
famílias, aproximadamente 450 pessoas, com 25 entidades consumidoras.
Circuito de Comercialização
Paranaense
Na reunião, dirigida
pelos engenheiros agrônomos Rosangela e Márcio Ramos, ficou patente que existe
um grande mercado para todos os produtos hortifrugranjeiros produzidos pelos
municípios. No entanto, a comercialização esbarra no volume dessa produção. Por
exemplo, há alguns dias um comprador veio a região disposto a levar daqui 200
toneladas de mel, com pagamento à vista. Outro queria que a produção de
CABOTIÁ, uma espécie de moranga, muito apreciada no centro do país, fosse
constantemente de 60 toneladas por semana ou 240 toneladas por mês. As
cooperativas ficaram devendo. Foi nesse ponto que as discussões de acirraram.
E, na verdade, caíram exatamente nos objetivos da proposta da Rureco, ou seja,
criar uma rede de informações, uma central, para ter a disposição tudo o que
pode ser comercializado na região de forma rápida e eficiente. Por exemplo: se
no Pinhão estiverem disponíveis 10 toneladas de mel e em Nova Laranjeiras
outras 10 toneladas, o objetivo é reunir toda essa produção num único lugar com
o intuito de promover a venda e aumentar o preço do mel e, assim
sucessivamente.
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