quarta-feira, 6 de junho de 2012

Fruticultura: Um Cultivo Alternativo no Oeste


          Quando ouvimos falar do oeste do Paraná, uma das primeiras coisas que nos vem à cabeça é a soja. Mas não é só de soja que se constitui o potencial agrícola da região. Muitas vezes, esquecemos outros tipos de cultivo, e um dos mais esquecidos é o cultivo de frutas. O técnico Flávio Vilela que trabalha na Emater de Céu Azul, nos forneceu boas informações a respeito disso.
          Flávio acredita que a fruta mais promissora da região oeste é a uva. Tem as maiores facilidades dos cultivos dessa fruta na região, cita fatores como o clima com ótimo equilíbrio entre inverno e verão, tendo números de horas de frio o suficiente para a quebra de dormência das frutas naturalmente. Segundo ele fatores como cidades próximas com estradas estaduais e federais em boas condições facilitam o abastecimento. Em contrapartida as maiores dificuldades citadas foram fatores como a falta de divulgação do conhecimento técnico, pouco interesse do agricultor em culturas "secundárias" (de pouca importância), a falta de "pontos" de comercialização tradicionais e do hábito do consumo de frutas in natura ou processadas. Mas principalmente o fato da produção de frutas ainda ser vista como "secundária" no quesito de rentabilidade.
          A respeito dos benefícios que essas frutas proporcionam a saúde humana, Flávio disse que são alimentos saudáveis e com maior variabilidade de nutrientes ditos "funcionais"; aqueles nutrientes que atuam de forma e em locais importantes para o nosso organismo. Também deixou claro que, além disso, a própria diversificação das refeições no dia a dia já contribui em muito para a saúde do consumidor.
          Já foi dito que o rendimento do potencial produtivo da Fruticultura no oeste do Paraná poderia ultrapassar o da soja. Uma informação um tanto polêmica. Flávio acredita que sim, mas no momento diz não ter números que comprovem isso. Porém nos informou que se estima que 01 ha de melancia produza até 96 ton num espaçamento de 2 x 3 metros. Considerando R$ 0,50/kg, temos um rendimento bruto de até R$ 48.000,00/ha.
          Flávio não tem conhecimento a respeito do cultivo de variedades exóticas ou incomuns na região, o que comprova a falta de atenção que a fruticultura recebe aqui no oeste, obviamente devido supervalorização da soja, que leva outros cultivos ditos ’’alternativos’’ ao plano secundário. Como foi observado na exposição dos fatos, obviamente, existem mais pontos negativos do que positivos nessa desvalorização da fruticultura aqui na região.         


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